terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Para 2010

Não é uma questão de atrair ou planejar. É só querer. Um querer desses que faz olhar para a frente, saltar os montes, atravessar correnteza. Enfim, desses quereres que não conhecem não. Duas opções para essa insistência veemente: alcançar ou amargar uma frustração difícil de se desfazer. Na primeira opção, o querer há de, inevitável e infelizmente, envelhecer, perder o gosto, a elasticidade e virar memória (boa, mas só memória). Na segunda opção, vira poesia. E a poesia, meu amor, ah a poesia... É a esperança mesmo que não haja mais nada, lembrar constante do que poderia ter sido e não foi, não será - não aqui, talvez nem nesse lugar. A poesia é o fim alternativo eterno. Não é um deleite despreocupado do desejo. É crueza que passa pelo filtro inconstante e imperfeito que eu sou. Ah, a poesia, meu amor...
É o que eu desejo em 2010: quereres que não aceitam não. Assim serei feliz serena. Ou poeta.

3 comentários:

Carol Gioseffi disse...

Desejemos então...
Tudo de bom minha querida!

Alexandre Gil disse...

que o ano de 2010 seja doce pra ti e que t traga muitos brilhos de alegria nos olhos e na escrita!

Bia disse...

Te amo, amiga! Feliz Ano Novo.