sexta-feira, 29 de maio de 2009

Descoberta

Hoje ouvi pela primeira vez Olivia Byington. Onde vc estava, mulher??? Eu e minha limitadíssima cultura musical ainda tenho tanta coisa pra descobrir. Hj descobri essa voz. Foi tão fundo no meu momento que fiquei mais do que encantada... Coisa linda! Um pouco depressiva, intimista, um violão, uma voz que engana preguiça. Mas é pura mansidão. Vale a pena demais. Aqui a gente pode ouvir algumas músicas interpretadas por ela. Ah, vou pegar meu violão...

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Fatalidade

"Nem que eu bebesse o mar encheria o que eu tenho de fundo..." (Raríssimo momento Djavan!)
Escrevendo sobre adolescência. Re(vi)vendo a minha. Aquela rebeldia boa. Aquele intenso de mudar o mundo. De vez em quando, a adolescência quer sair da Caixa de Pandora. Fecho rapidinho, mas fica fazendo barulho por dias. Era isso aqui mesmo? É só isso aqui mesmo? Mas não está bom? Cabeça vazia... É isso que dá! Por isso as pessoas preferem ter muito trabalho para fazer, muitas coisas para estudar, muitos filhos para cuidar. Se houver só um minutinho em branco, a caixinha se mexe. Aí, como diz um amigo que eu amo muito: "perdeu-se". Eu nunca posso ficar só bem? Ficar bem leva pra crise, ficar ruim leva pra crise. Como me lembrou a Michelle aqui: felicidade mata. Ausência de pressão é morte. Começo Djavan, findo Clarice:
"Quando estou muito alegre de repente penso que se morre." (em Um sopro de vida)

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Relógio

As vidas amadas que se ajeitam. A minha, sempre suspensa! Será que sei viver embaixo da rede de proteção? Uma gratidão que não cabe em mim. Por mim, por eles, por elas. Pela vida na corda. Ai, consolo quentinho, passa mais não!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Precisava de bem menos...

Ímpeto: [Do latim impetu] Manifestação súbita e violenta; Movimento arrebatado; Pressa irrefletida; Impulso; Ataque; Precipitação; Fúria; Furor.

Como alguém pode ser assim em praticamente tudo? Tem remédio pra esse 'defeito'?
Será que o meu lado esquerdo do cérebro atrofiou ou se desenvolveu menos? Se é um ponto de vista, defendo com paixão. Se é um amigo, defendo com unhas e dentes. Se é uma emoção, tem de ser 80, nunca 8. Graças a Deus nunca usei drogas. Já teria morrido de overdose...

terça-feira, 19 de maio de 2009

Circense

Enquanto o homem sobrevoava o picadeiro, aquele brilho nos olhos me prendeu. Era mais ousado do que as acrobacias. Era mais cativante do que qualquer domador de feras. A boca entreaberta de espanto e encantamento elevava muito mais do que qualquer coelho tirado da cartola. O sorriso puro e sincero era o maior salário que qualquer palhaço poderia buscar pelas suas andanças incansáveis. Meu coração repousou ali. As palmas animadas me elevaram. Que o circo sobreviva ainda por muito tempo. Meu menino ainda há de se encantar com as lonas coloridas e ter o coração embalado de sonhos pelos trapezistas no céu.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

E dos que nos fazem felizes

Dia de notícias boas e ruins. Feliz por quem vê catálogo da Avon com essa animação. Esse mundo dá tantas voltas que a gente fica tonta, às vezes! Amo quando é assim!

Dos que nos enganam

Amigo, pra mim, é sagrado. Como diz um amigo (já muito bem citado aqui), amizade devia ser sacramento. Se tem uma coisa que me fere mais do que alguém me enganar (e isso é completamente fácil), é um ser enganar e ferir meus amigos. Por que há pessoas sem o costume de dizer a verdade? O que leva alguém a fingir algo que não existe? Qual o intuito de fazer uma pessoa bacana sofrer?
Quem convive comigo sabe que freio na língua definitivamente não é meu forte. O que eu sinto ou penso, se não vira palavra escrita, é expressão de olhos e caras. Por isso, acho que sinceridade é uma virtude tão importante. Se não quero algo, não engano. Se não gosto, não chamo de flor e querido. É tão difícil assim deixar as coisas claras?
Amiga, impossível pegar o carro e correr pra sua casa às 5 da manhã. Mas estou aqui...

terça-feira, 12 de maio de 2009

Mais adélia

... A uns Deus os quer doentes
A outros quer escrevendo.

(Ex-voto - Adélia Prado)

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Primavera

Minha vida minha de novo. Aliás, mais minha do que jamais foi. O tempo é esse remédio que nos devolve pra nós mesmos, mais inteiros, mais íntegros, menos medrosos e mais prudentes. Não é porque tem medo até de água fria que o gato escaldado vai deixar de pular muro e virar lata noite afora. Pelo contrário, faz com mais maestria, com mais propriedade. Não é fácil se secar e fechar as feridas, é bem verdade. Mas isso não paralisa. Impulsiona. É bom perceber a vida desse jeito: mais eu.
Eu tinha a impressão de que chegaria aqui. Não sei como, mas esperava isso! Mesmo quando a escuridão era tão forte e eu pensava ter desistido. Mesmo quando me invadia uma alegria sem motivo que desaparecia de uma hora para outra. Mesmo quando o restante do que parecia ser fundamento no qual eu me agarrava se desfazia entre os meus dedos.
O que eu sabia ruiu, morreu... Que bom!

Manhã Azul
(Mariana Aydar)

Manhã, manhã de azul
Manhã de céu,
Manhã de só,
Manhã de quem sou eu
Manhã de pó,
Manhã de fome,
Manhã meu nome
Manhã de solidão
Eu abri meu salão
Pr'essas folhas secas do chão
E deixei todo vento entrar
Saía do meu pulmão
Quem foi que botou a chuva dentro dos meus olhos?
Qual foi a luz da luz do sol que secou e me fez ver?
Quem foi que soprou, que soprou é o nome do amor?
Faz a terra tremer
Olha lá a cidade vai caindo sem pé
É o que eu sabia ruiu
Iluminado pela luz de alegria azul
Ninguém viu, só eu
E o que eu sabia morreu