quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Coisas da vida...

Olha só a música que me surpreendeu hj:

Nunca é igual se for bem natural, se for de coração, além do bem e do mal
Coisas da vida
O amor enfim, ficou senhor de mim, e eu fiquei assim, calado, sem latim
Coisas da vida
Como foi que eu cheguei aqui, quem me diria que esse era meu fim
Olho no teu olhar, a festa de estar de bem com a vida
O luar girou, a sorte me pegou, tesouro te encontrarei sem garimpar
No ouro da paixão, na febre da paixão estão em mim
Ser o senhor e ser a presa, é um mistério, a maior beleza
Amor é dom da natureza, amar é laço que não escraviza
Nunca é igual, se for bem natural, se for de coração, além do bem e do mal
Coisas da vida. . .

Não lembra? Nem eu lembrava! Mas quando caiu nos meus ouvidos, sabia que já tinha estado na minha vida. Eu tinha só nove anos!!! Tema de novela. Rainha da Sucata, 1990! É, novela da Globo. Era a Rainha da Sucata, a Maria do Carmo, intrepretada pela Regina Duarte, apaixonada pelo Edu, Tony Ramos. Gente, tinha o pai dela que era o Lima Duarte, o Caio (lembra, o Antônio Fagundes gago, com aqueles óculos remendados), a primeira aparição da dona Armênia ("eu coloca a prédia na chom"). Sem contar que a abertura era uma boneca de sucata que dançava lambada ao som de Sidney Magal!!! O tempo passa mesmo. Fazer o que? Coisas da vida...

(Só pra lembrar: Maria do Carmo fez fortuna acreditando nos negócios do pai, Onofre, já falecido, que trabalhava com ferro-velho. Ela chega aos anos 90 com os negócios ampliados e consolidados, podendo abrir uma lambateria no alto de um edifício de sua propriedade na avenida Paulista. Apesar disso, ela ainda guarda de Edu, por quem foi humilhada no passado, uma mágoa.
Maria do Carmo aproxima-se de Edu, e, acenando com sua conta bancária, conquista-o para o casamento. Ele aceita se casar com ela por dinheiro, mas depois se apaixona de verdade. Ela, então, conhece dias de terror ao enfrentar a perversa Laurinha, que é apaixonada pelo enteado e não se conforma em perder Edu para a "sucateira". O casamento é acompanhado de perto por outros infortúnios. Os negócios de Maria do Carmo enfrentam a derrocada econômica provocada por seu administrador mau-caráter, Renato Maia. E ela ainda perde o prédio na avenida Paulista para sua vizinha, a hilária dona Armênia, a legítima proprietária. - by wikipédia)

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Pequenos milagres

Não sei se pela minha personalidade ou se é próprio do ser humano, mas a superação, para mim, é um milagre cotidiano. Não falo de grandes superações. Falo das coisas pequenas, afinal de contas é sempre de grão em grão...
Duas pequenas superações em menos de 24 horas! Ontem, cobri minha primeira sessão da Câmara em Rio Preto. Não sei bem se é uma superação porque ainda não vi a avaliação do chefe (rs!). Mas de qualque forma, eu fui! Não é o máximo?! E hj corri 2 quilômetros sem parar!!!! Há dois meses, cem metros quase me mataram!!
Tudo bem, existem coisas muito mais importantes do que isso. Mas se eu não souber dar muito valor aos pequenos milagres, os grandes vão sempre passar despercebidos!

domingo, 14 de outubro de 2007

Escondido

Hoje, por alguns momentos, preferi a mediocridade. É difícil saber o real valor do que não se pode ver, do que não se pode tocar. Tem horas que a gente sabe que é valioso, mas quando o mais tocável parece tão longe e a recompensa, sabe-se lá pelo o que, nunca chega, claro e óbvio, quero a mediocridade de uma alegria superficial. Que me coloque no travesseiro sorrindo! E a real felicidade, que vem do que não se pode medir, que está mais dentro do que nos dentes esmaltados e escancarados, parece, na real, uma loucura que eu achei que estava ao alcance das mãos. Ah... Quanta bobagem! Relevante!

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Clara, clareando...

"(...) um dia será o mundo com sua impersonalidade soberba versus a minha extrema individualidade de pessoa mas seremos um só. (...) Então isso era a felicidade. De início se sentiu vazia. Depois seus olhos ficaram úmidos: era felicidade, mas como sou mortal, como o amor pelo mundo me transcende. O amor pela vida mortal a assassinava docemente, aos poucos. E o que é que eu faço? Que faço da felicidade? Que faço dessa paz estranha e aguda, que já está começando a me doer como uma angústia, como um grande silêncio de espaços? A quem dou minha felicidade, que já está começando a me rasgar um pouco e me assusta. Não, não quero ser feliz. Prefiro a mediocridade. Ah, milhares de pessoas não têm coragem de pelo menos prolongar-se um pouco mais nessa coisa desconhecida que é sentir-se feliz e preferem a mediocridade." (Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres - Clarice Lispector)

Estou assustada o quanto esse livro fala de mim! E eu que não ia com a cara da Clarice Lispector. "O mundo me transcende. O amor pela vida mortal a assassinava docemente, aos poucos". Nem eu saberia descrever com tanta precisão o que acontece comigo!
É exatamente isso, o mundo me transcende e essa paixão por ser mortal me assassina aos poucos.
Na semana passada falei em um encontro para algumas pessoas. Para mim, um dos momentos mais marcantes foi quando falei sobre a humanidade de Jesus. Dos domingos em família, do tempo que gastava com os amigos, com os parentes. Hoje estive com a família do Mateus. Entrei na história dele. E fiquei imaginando a história de Jesus. O tio sanfoneiro Dele. A tia que fazia os doces. É a humanidade de Jesus que me redime! É o Jesus que se deixa ser humano que justifica a minha existência. É a Sua Paixão que leva ao fim comum de todos os mortais que me faz amar apaixonadamente a mortalidade. É o Seu amor inconseqüente pelo mundo que faz com que o mundo me transcenda.
"E o que é que eu faço? Que faço da felicidade?"
Deus!

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Ia acontecer...

Bom, comecei timidamente a divulgar esse espacinho. Fico imaginando até onde vai me levar minha vaidade! Hahahahahahaha
Não é a página visualmente mais bonita do mundo, nem as palavras mais bem elaboradas do universo, mas acho que pra iniciante até que não estou tão mal assim! Sejam bem-vindos os que aqui chegarem. Só não prometo que vou ser constante. O rotineiro realmente não é meu forte!
Divirtam-se!

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Siglas

Comecei na segunda-feira a cobrir férias de um colega na editoria de política. Todo chão incerto deixa a gente meio perdido. São tantas siglas, tanta gente diferente que parece que comecei em um emprego novo.
É meio parecido com a vida. Quando achamos que temos o controle e ele nos é tirado é como se nunca tivéssemos vivido! E parece que nunca vamos nos adaptar com a nova realidade e que ela é a pior coisa que poderia ter acontecido pra sempre!
Pois é, somos sempre muito exagerados. Ou melhor, eu sou sempre exagerada! Defeito de quem optou por viver o intenso em tudo. Qualquer coisa, por menor que seja me deixa como Jonas. Não o onhece? Breve histórico: Deus mandou que Jonas fosse à Nínive dizer que ia acabar com aquele povo pq eles eram meio rebeldes. O Jonas resistiu, mas não teve jeito, Deus o convenceu. Ele foi, pagou o carão. Ficou certo de que Deus destruiria o povo, mas aquelas pessoas melhoraram e Deus achou melhor conservá-las. O Jonas ficou uma arara! Onde já se viu, foi desmoralizado. Enfim, ficou como naqueles dias que a gente acha que o mundo conspira contra nós. Olha só o que aconteceu:

O Senhor Deus fez crescer um pé de mamona, que se levantou acima de Jonas, para fazer sombra à sua cabeça e curá-lo de seu mau humor. Jonas alegrou-se grandemente com aquela mamoneira.
Mas, no dia seguinte, ao romper da manhã, mandou Deus um verme que roeu a raiz da mamona, e esta secou.
Quando o sol se levantou, Deus fez soprar um vento ardente do oriente, e o sol dardejou seus raios sobre a cabeça de Jonas, de forma que o profeta, desfalecido, desejou a morte, dizendo: Prefiro a morte à vida.
O Senhor disse a Jonas: (Julgas que) fazes bem em te irritares por causa de uma planta? Jonas respondeu: Sim, tenho razão de me irar até a morte.
Tiveste compaixão de um arbusto, replicou-lhe o Senhor, pelo qual nada fizeste, que não fizeste crescer, que nasceu numa noite e numa noite morreu.
E então, não hei de ter compaixão da grande cidade de Nínive, onde há mais de cento e vinte mil seres humanos, que não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda, e uma inumerável multidão de animais?...

Pois é, sigo com meu espírito de Jonas...