terça-feira, 18 de agosto de 2009

Complemento

Em mais um momento tietagem piegas e kitsch, aqui está a matéria, publicada hoje no Diário da Região, sobre o "Noites de Gala, Samba na Rua - Ao Vivo". Vou aprender a colocar áudio aqui e postar a entrevista que está gravada...

Mônica Salmaso e grupo Pau Brasil estão em disco ao vivo

Ariana Pereira
São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2009

Grupo Pau Brasil e Mônica Salmaso: trabalho rendeu 2 CDs e um DVD

Dificilmente, eles serão vistos em um programa de televisão ou ouvidos em uma estação de rádio qualquer. Apesar disso, o grupo Pau Brasil e a cantora Mônica Salmaso conseguiram, em menos de dois anos, lançar dois CDs e um DVD, além de realizar uma turnê que percorreu 21 cidades, de abril a novembro do ano passado. Para fechar o ciclo de tanta estrada, foi gravada a versão ao vivo de “Noites de Gala, Samba na Rua”, trabalho em que o grupo e Mônica interpretam composições de Chico Buarque com parcerias de Edu Lobo, Guinga, Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Teoricamente, “Noites de Gala, Samba na Rua” é o mesmo produto em três versões: estúdio, DVD e versão ao vivo. Teoricamente. A recém lançada versão ao vivo tem sutilezas que não podem passar desapercebidas por quem gosta de música e tem ouvidos sensíveis para um trabalho de entrosamento entre os músicos que se apresentam: a voz única de Mônica e a técnica impecável do Pau Brasil.“As músicas são as mesmas, com exceção de ‘Quem te viu quem te vê’, pois houve um problema técnico que impossibilitou inclui-la na versão ao vivo. As únicas diferenças estão em ‘Flor da Idade’ e ‘Moda do Pau Brasil’, que foram acrescentadas. Para mim, essa versão ao vivo é algo de registro. Existe uma diferença em fazer um disco dentro do estúdio e fazê-lo ao vivo. Principalmente, depois de ter feito toda a turnê. O CD ao vivo é mais quente, mais maduro, nossa forma de tocar é mais madura, existe o calor do momento”, afirma Mônica Salmaso.
Divulgação
A cantora era contra a gravação do CD ao vivo, uma vez que, quando teve início a turnê, os arranjos e vozes apresentados no palco estavam absolutamente iguais ao trabalho gravado em estúdio. Com o passar da estrada e do tempo, o grupo Pau Brasil e Mônica se viram mais à vontade para improvisar e interpretar as canções de Chico de forma mais solta e diferente do que havia sido gravado. “O CD foi gravado no dia 3 de outubro. Já tínhamos tocado tantas vezes que há detalhes, tem um jeito de tocar e cantar muito menos preocupado em fazer correto e curtindo mais. É uma sensação de ciclo fechado, o registro final do amadurecimento de um trabalho.” Durante a turnê, o grupo passou por Rio Preto, no Teatro Municipal Humberto Sinibaldi Neto. Ao longo dessas apresentações em cidades pelas quais nunca havia passado, Mônica afirma que foi possível ter uma dimensão do alcance do trabalho que realiza. “Não é o caso de Rio Preto, mas fui a muitas cidades em que nunca havia feito um apresentação. Pelas conversas com as pessoas, após os shows, fiquei com uma sensação boa de que existe um circuito que acontece fora da televisão. Nesse sentido, a internet, o Orkut, Youtube são geniais, possibilitam uma vazão muito democrática do que se produz, pois formam uma rede de pessoas que têm interesses comuns e a divulgação espontânea de um trabalho. Isso é muito legal”, diz a cantora. Além de tornar possível o contato com um público do qual Mônica não tinha muita dimensão, “Noites de Gala, Samba na Rua” fez com que o grupo Pau Brasil e a cantora passassem por diferentes teatros brasileiros. Por isso, excluir “Quem te viu, quem te vê” da versão ao vivo veio a calhar: não houve nada de samba na rua durante a turnê. “Passamos por lugares muito lindos, por salas históricas. Fizemos um circuito de música de câmara, teatros de gala mesmo. Isso tem um significado muito bonito. Foi uma costura de salas, a preços populares, que é o ideal, assim todo mundo pode ver. Gostaria de refazer essas cidades com um próximo projeto.”

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