segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Seiva

Se esconde nas dobras
De uns estalactites que se fizeram
Por anos, meses, minutos
Mas escorre devagar

Ocupa, não silencioso
Com um barulho tímido
Devagar, quase imperceptível
Cada canto, canta cantar, o canto

Há quem veja pedras
Terra, lodo e húmus
Não se enxerga a vida
No meio do escuro e úmido

Ele está lá, forte
Vivo como tem de ser
Germina sem som, pulula lívido
Não precisa de aprovação
Nem de existir

Para estar lá
Aqui
Dentro
Onipresente

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