sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A persistência da busca

Uma mistureira de coisas boas. O tempo anda colorido por aqui, apesar da chuva que cai amistosa lá fora. Ainda digerindo o retiro, um encontro revelador com o Homem, o Deus feito homem. Barulho incansável por dentro. Remoendo a leitura do “A Obscena Senhora D”, de Hilda Hilst (eu sabia que tinha de me encontrar com ela!). Hillé me falou das máscaras pintadas de sentimentos que deveríamos usar, talvez elas diriam mais da gente do que essa cara lavada. Ela me disse também dessa busca incessante. É preciso saber lidar com os nossos vazios, sem ignorá-los, mas sem deixar que nos tornem vazios como eles. A obsessão por encontrar pode matar a busca. Por outro lado, se alienar a ela pode deixar o ser humano raso rasinho...
Feliz meio sem explicação. Às vezes, isso dá um medo enorme. Mas não quero deixar de viver o bom por receio de que ele acabe. Eu sei que vai acabar mesmo. Na semana que vem, na próxima TPM, nas frustrações tão presentes em cada passo que dou, nas possibilidades que não saem do esboço feliz que eu faço do próximo fim de semana.
Tão bem, mas tão bem, que to pensando em limpar a casa amanhã. Deixá-la clara, cheirosa e fresca. Uma vez, a monja Coen me deu uma entrevista e disse que limpar a casa é bom para que a gente deixe também o interior em paz. A paz quer sair e cuidar da casa. A louca da casa está no jardim claro e cheio de sol.

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