terça-feira, 21 de julho de 2009

Uma falta de tempo incrível


Correria boa do lado de cá. Além de aproveitar o Festival Internacional de Teatro de Rio Preto, neste ano estou trabalhando com a cobertura para o jornal. Aliar trabalho com algo que a gente gosta é realmente uma coisa inexplicável de boa.

Peças que merecem destaque de sexta-feira até hoje:
- Comunicação a uma academia com Juliana Galdino: texto complexo, eu achei que não ia conseguir gostar (afinal de contas sou tão profunda quanto um pires). Mas ela dá um show de interpretação (não à toa foi indicada ao Shell com essa apresentação), incorpora um macaco, um homem, uma entidade! Bom início de festival
- Caminho para Meca – Cleyde Yáconis um show à parte. Essa peça teve um gosto bom. Eu tinha muitas expectativas, pois conversei com a atriz pra capa do jornal de domingo. Linda, dá vontade de ficar conversando, levar pra casa! A peça maravilhosa, envolvente e de uma singeleza indescritível.
- Neva – A interpretação dos chilenos me deixou sem respirar em alguns momentos. Coisa de outro mundo! Simplesmente fantástico. Tipo de peça que faz a gente sair do teatro com um silêncio de admiração, respeito e indagação: “putz, quem eu penso que sou, o que eu penso que estou fazendo da vida, pra onde é que eu acho que estou indo?”


Não veria de novo:
- Silêncio dos amantes - visual bacana, mas não gostei das interpretações e tem drama demais. Trabalho com texto de autoajuda todos os dias, não precisava ver isso no palco.
- Senhora dos Afogados (Núcleo Experimental) - como assisti à apresentação montada pelo Antunes, no ano passado, tinha uma comparação desleal. O texto, por si, já é complexo, exige interpretação muito boa, o que não é o caso desse grupo. As músicas não me convenceram, assim como os atores, a Moema e todo mundo. A ressalva são as duas músicas interpretadas pelo grupo todo: ficaram boas. E só.
- Crônica de José Agarrotado: Nil. Nil é nada. Uma coisa diferente, mas não iria se soubesse que era assim. Não tem explicação. Um trem que me fez entrar e sair do mesmo jeito do teatro.


Coluna do meio:
- A Margem: quando começou, pensei: o que estou fazendo aqui, minha gente? Mas ganha espaço pela graça com que se faz referência à arte. Principalmente, quando remete ao cinema. Muito bonito e sensível. Talvez veria novamente partes isoladas.


Na foto, estão Jorge Becker, Trinidad González e Paula Zúñiga, em Neva. E é isso! Hoje, tem “Esta Propriedade Está Condenada”, da Cia dos Atores. Expectativa grande.

p.s.: não sou crítica de teatro, não sou crítica de coisa alguma. Cada um sente o espetáculo com as próprias experiências e isso é lindo! Se não fosse assim, não haveria tanta gente com tanta opinião diferente. O que escrevi aqui é só quem eu era quando assisti a essas peças.

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