sexta-feira, 26 de junho de 2009

Tão efêmero

Ah, eu até que podia escapar disso. Mas foi tanta exposição que não tinha como ficar isenta. A gente só acha que não está suscetível à produção em massa. Besteira. Morreu ontem um dos maiores nomes da música mundial, o "rei do pop", como é conhecido, Michael Jackson. Eu tenho cara de quem curte Michael Jackson? Não, claro que não! Mas tenho mais músicas dele no arquivo musical do meu cérebro do que imaginava.
Com a morte repentina, saltaram em todos os canais, como propaganda eleitoral gratuita, imagens e músicas de todos os tamanhos e tipos do astro. Cada ritmo, cada letra, cada dança, foram, aos poucos, retirados dos meus "arquivos confidenciais". Não é pra menos: nasci em 1981, a década de 80 foi o período áureo de Michael Jackson. Querendo ou não, cresci ouvindo as músicas dele, vendo os clipes no Fantástico. Quantas vezes meu cérebro infantil ouviu Thriller? Ou Billy Jean? Minhas retinas viram aquelas sapatilhas deslizarem pela TV em quantas ocasiões? Mesmo sem querer, assim como as pessoas da minha geração, vi Michael Jackson aparecer cada vez mais branco na TV. Ouvi as histórias mais cabulosas a respeito dele, como a lenda de que ele passava horas em uma bolha de oxigênio para clarear a pele. Também assisti, ainda que desatenta, as notícias sobre o casamento com a filha de Elvis Presley, o filho balançado na sacada, os supostos envolvimentos com crianças...
Eu disse para alguns amigos que sentimos a morte desse desconhecido pq a memória registrou tantos momentos com os quais identificamos as músicas dele que é como se essas recordações fossem lesadas. Por isso, (eu, pelo menos) sentimos a perda. Não muda nada, mas que fica uma sensação esquisita de que a vida é passageira demais e de que os anos passam, ah, fica!

Um comentário:

Carol disse...

Dá uma sensação de mortalidade absurda...!!!!!