quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Dos contrários a mim

Nem todos que são contra meus hábitos ou novas idéias e ideais me querem mal. Nem todo aquele que me atira a pedra se incomoda com a minha aparente felicidade. Nem todos os que colocam obstáculos aos meus sonhos me querem ver pelas costas. Nem todos os que me criticam querem destruir os meus planos. Nem todos que acentuam os meus defeitos se incomodam com as minhas qualidades. Nem todos que apontam meus fracassos querem destruir o meu sucesso. Nem todos que pensam diferente de mim são meus inimigos.
O respeito pelo que é diferente de mim é o primeiro passo para me libertar de qualquer fanatismo. Seja ele religioso, social ou psicológico. Acolher o outro, ainda que ele me machuque, é dizer com Jesus, do alto da Cruz, perdoe, eles não sabem o que fazem. Eu também não sei o que faço. Se isso consola!
Gosto de olhar para a maneira como Jesus acolhe o que é diferente dele. Uma prostituta, um corrupto, um ladrão, um tosco, um sábio medroso, um jovem inexperiente, um rico apegado... E tem a grandeza de não apontar o dedo pra nenhum deles. A reação dEle a quem foi contrário, Pedro (grande Pedrão), foi firme: afasta-te de mim, satanás. Afasta-te de mim, satanás. E não: "afasta-te de mim, Pedro". Jesus nunca repele. É quem é. Os que quiserem que O sigam. Os que não quiserem que sejam amados sempre e aceitos em qualquer instância.
Uma vez me perguntaram como tirar alguém de uma situação de fanatismo. Eu ainda não tenho a resposta, mas acho que encontrei um caminho. Tentar com tudo que tenho não me fechar ao que é diferente de mim. Toda teoria que exclui, fanatiza. Ninguém é melhor do que ninguém. A maioria dos que apontam o dedo e dizem: "somos diferentes, por isso crescemos" são armadilhas para criar um mundo fechado. Felicidade é estar e ser um com a Vida. O que exclui mantêm parte da Vida apartada.
Sou parte acolhida por Jesus do que é diferente dEle. Não tenho muitas escolhas a não ser fazer o mesmo com aqueles que estão à minha volta!

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