sexta-feira, 2 de julho de 2010

Jogo das perguntas ou há um tempo pra cada coisa

Caso ou compro uma bicicleta? Fico ou chuto o pau da barraca? Vou ou permaneço? Permanência ou veemência? Abandono ou garra? Providência ou previdência? Confio ou enfio o peito? Haiti ou casa? Vida nova ou renovar essa mesma vida? Ressurreição ou a vitória da cruz? Renúncia ou acolhimento? Cotidiano ou incertezas? Perder? Ganhar? Ir? Ficar? Esquecer? Cabem mais dúvidas? As certezas são mesmo certezas? Eu preciso delas? Eu preciso? Precisam de mim? Alguém precisa de alguma coisa? Ser ou não ser?

Era pra ser pergunta, mas eu sou uma pergunta, como diria Clarice Lispector. Não quero encontrar as respostas. Minha única Resposta tem nome, endereço, história e transcendência. E é a única que busco, que desejo, que anseio e na qual confio, me confio. Se os pontos de interrogação tomam conta, naturalmente eu deveria estar perdida. Não estou. Dentro, apenas alegria e paz. Isso tb é interrogação! Só sei que ser eu mesma pergunta e resposta é um tanto quanto estranho. Isso tb é pergunta, isso tb é resposta...


Muito mais

(banda Taus)

Não quero ser escrava do que passa
Mas quero ver seu toque em tudo que faça
É o milagre da vida a transformar tudo em poesia
Sei aos teus olhos tem valor o meu pouco
Ganhar ou perder, importa mesmo o meu esforço
E nunca deixar o que é velho me desanimar

Quero buscar, olhar de frente
Ver de verdade o que me faz sofrer
Em tuas mãos me abandonar, em tua vontade descansar
Tua providência me sustentará

O teu amor é o que me aquece a alma
Num inverno um tanto seco, um tempo de espera
Caminhas firme no que há de incerto em mim
Sei enxergas o que há de mais fundo
Teus passos posso ouvir até no escuro
Contrasta em ti a minha palidez

Quero cantar, cantar bem forte
A alegria de te ter em mim
Ter a coragem de olhar além
De sorrir para toda dificuldade
Um novo vento me convida a partir

Nenhum comentário: