quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Reverência diante de uma luta que não é minha

A vida é muito sensível mesmo... Estou produzindo uma matéria sobre pessoas que lutam contra o câncer. É impressionante a maneira como essas pessoas tiram forças sabe-se lá de onde para lutar contra uma doença cujo o próprio nome evita-se dizer. Dá medo. Impressiona também como os pacientes criam meios de dividir as experiências. São comunidades no orkut, sites, depoimentos, blogs...
Em um desses blogs encontrei os posts de provavelmente um jovem que se descobriu com leucemia em 2007. No post mais recente, a mãe dele é quem escreve, pouco mais de um mês depois do último post do rapaz. Que aparentemente perdeu a luta contra a doença. Mas toda derrota é aparente. Ninguém sai perdedor de uma luta dessas. Todos ganham. A pessoa ganha, porque cresce, aprende e ensina sobre o valor da vida. Os parentes ganham porque descobrem o poder que o amor tem.
É doloroso, sabe? Eu não sei pq nunca passei por essa experiência. Apesar de o meu avô ter morrido de câncer, eu era muito nova, sempre fui criada em cidades distantes dos meus parentes, o que impediu um vínculo mais estreito. Mas digo que é doloroso porque perder é sempre muito doloroso. Imagina como é perder alguém que nos é incrivelmente precioso...
A tentação é sempre pedir que Deus nos livre desse mal! E sou grata por nunca ter tido a oportunidade de conviver com ele. Ah, esse post não tem muita finalidade. Era só pra externar essa dor que me tocou, apesar de não ser minha. Só pra me mostrar o quanto a vida é assim tão frágil. O quanto a felicidade é urgente. O quanto o amor não pode perder tempo.

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