quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Siglas

Comecei na segunda-feira a cobrir férias de um colega na editoria de política. Todo chão incerto deixa a gente meio perdido. São tantas siglas, tanta gente diferente que parece que comecei em um emprego novo.
É meio parecido com a vida. Quando achamos que temos o controle e ele nos é tirado é como se nunca tivéssemos vivido! E parece que nunca vamos nos adaptar com a nova realidade e que ela é a pior coisa que poderia ter acontecido pra sempre!
Pois é, somos sempre muito exagerados. Ou melhor, eu sou sempre exagerada! Defeito de quem optou por viver o intenso em tudo. Qualquer coisa, por menor que seja me deixa como Jonas. Não o onhece? Breve histórico: Deus mandou que Jonas fosse à Nínive dizer que ia acabar com aquele povo pq eles eram meio rebeldes. O Jonas resistiu, mas não teve jeito, Deus o convenceu. Ele foi, pagou o carão. Ficou certo de que Deus destruiria o povo, mas aquelas pessoas melhoraram e Deus achou melhor conservá-las. O Jonas ficou uma arara! Onde já se viu, foi desmoralizado. Enfim, ficou como naqueles dias que a gente acha que o mundo conspira contra nós. Olha só o que aconteceu:

O Senhor Deus fez crescer um pé de mamona, que se levantou acima de Jonas, para fazer sombra à sua cabeça e curá-lo de seu mau humor. Jonas alegrou-se grandemente com aquela mamoneira.
Mas, no dia seguinte, ao romper da manhã, mandou Deus um verme que roeu a raiz da mamona, e esta secou.
Quando o sol se levantou, Deus fez soprar um vento ardente do oriente, e o sol dardejou seus raios sobre a cabeça de Jonas, de forma que o profeta, desfalecido, desejou a morte, dizendo: Prefiro a morte à vida.
O Senhor disse a Jonas: (Julgas que) fazes bem em te irritares por causa de uma planta? Jonas respondeu: Sim, tenho razão de me irar até a morte.
Tiveste compaixão de um arbusto, replicou-lhe o Senhor, pelo qual nada fizeste, que não fizeste crescer, que nasceu numa noite e numa noite morreu.
E então, não hei de ter compaixão da grande cidade de Nínive, onde há mais de cento e vinte mil seres humanos, que não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda, e uma inumerável multidão de animais?...

Pois é, sigo com meu espírito de Jonas...

Um comentário:

Bia R. disse...

quantas vezes não julguei estar com o fio da minha vida nas minhas mãos. Mas de repente Alguém mostrou que isso é impossível? Só que quem disse que eu aprendi com a lição. Cada dia eu me vejo na mesma situação e sempre achando que não estou vivendo de fato. O fio da minha vida não me pertence por completo, mas eu posso tentar melhorar com as lições que me ensinam.
A primeira a comentar aqui e a primeira a saber daqui. Obrigada, amiga. Sucesso. Beijos